7 mitos sobre a esquizofrenia em que você precisa parar de acreditar
Publicado por Scio Education

A esquizofrenia talvez seja uma das doenças mentais menos compreendidas, principalmente por causa das distorções exibidas em filmes e seriados de TV. Infelizmente, a Organização Mundial da Saúde estima que metade das pessoas que vivem com esquizofrenia não receberá nenhum cuidado médico. Conversamos com a ONG Rethink Mental Illness para descobrir a verdade sobre essa doença mental.

 

Mito 1 – A esquizofrenia é uma doença rara

A esquizofrenia é mais comum do que as pessoas imaginam e afeta cerca de 1 em cada 100 indivíduos, algo por volta de  21 milhões de pessoas em todo o mundo. A doença é mais frequente em adultos jovens, mas pode afetar pessoas de qualquer idade. Não se sabe exatamente o que causa esquizofrenia, mas os cientistas pensam que trata-se de uma combinação de fatores que podem incluir muita coisa, tais como: o estresse gerado pelo luto, fatores sociais, a convivência em centros urbanos, e até mesmo a nossa química cerebral.

 

Mito 2 – Esquizofrenia se trata apenas de ouvir vozes

Geralmente, as pessoas associam a esquizofrenia com o fato de ouvir vozes. As alucinações auditivas de Whist (ouvir vozes ou outros sons) é um dos sintomas mais comuns da doença – na verdade, existem oito tipos de esquizofrenia, cada uma com características diferentes. Os sintomas comumente associados à esquizofrenia incluem alucinações, delírios e confusão mental – no qual as pessoas podem conversar em grande velocidade, e o que é dito por elas pode não fazer sentido para outras pessoas. Alguns sintomas menos conhecidos da esquizofrenia incluem perder o interesse em socializar ou em hobbies, mudanças no padrões de sono ou falta de motivação.

 

Mito 3: Pessoas com esquizofrenia têm uma personalidade dividida

Esse é um dos equívocos mais comuns sobre a esquizofrenia. O mal-entendido, em parte, decorre do fato de que a palavra “esquizofrenia” vem dessas duas palavras gregas “dividida” e “mente”, o que, sem dúvida, causou muita confusão na compreensão dos sintomas da doença. Apesar das pessoas com esquizofrenia experimentarem sintomas que podem afetar seus processos de pensamento e suas percepções do mundo ao redor, como delírios e alucinações, eles não têm duas personalidades separadas.

 

Mito 4: pessoas com esquizofrenia não se recuperam da doença

Embora não haja uma cura para a esquizofrenia, cerca de 30% das pessoas afetadas terão uma recuperação duradoura, e 1 em cada 5 mostrarão melhora significativa. Cerca de metade das pessoas diagnosticadas terá uma doença permanente. O efeito disso será diferente para cada indivíduo, mas pode envolver mais episódios de piora e de melhora da doença.

 

Mito 5: pessoas com esquizofrenia são perigosas

A violência não é um sintoma de esquizofrenia, mas, infelizmente, a mídia tem desempenhado um papel importante na perpetuação desse equívoco. As pessoas com esquizofrenia são, na verdade, muito mais propensas a serem vítimas de violência e crime, do que de serem os agressores.

 

Mito 6: A esquizofrenia só afeta sua mente

Muitas pessoas não percebem o impacto que a esquizofrenia tem na saúde física dos pacientes. Pessoas com esquizofrenia têm uma expectativa de vida média até 20 anos menor do que a média. Isso acontece por uma série de fatores, como estilo de vida, falta de cuidados médicos para esses pacientes e os efeitos colaterais da medicação antipsicótica. Isso pode incluir o enorme aumento de peso, que, por sua vez, pode aumentar o risco desses pacientes desenvolverem doenças cardíacas ou diabetes.

 

Mito 7: Pessoas com esquizofrenia precisam ser monitoradas o tempo todo

As pessoas com esquizofrenia podem precisar de diferentes níveis de apoio, seja com medicação, terapia ou clínicas de repouso. Quando indivíduos esquizofrênicos recebem o tratamento e o apoio adequados, é perfeitamente possível ter uma boa qualidade de vida, com todas as coisas que qualquer um de nós teria – estudar, ter um emprego ou formar uma família.

 

Artigo original disponível em Net Doctor.