Quando falamos sobre câncer, é inegável o quão devastadora essa doença pode ser para a saúde física do paciente. Dependendo do tipo de câncer e do tratamento necessário, os efeitos podem ser bastante duros. Apesar disso, a evolução da medicina busca oferecer métodos cada vez menos agressivos em relação ao corpo.
Porém, a carga emocional que o diagnóstico traz também é algo que precisa ser avaliado desde os primeiros indícios da doença.
Lidar com essa nova realidade é algo duro e chocante para a maioria das pessoas. Ao longo do processo de adaptação, inúmeros pensamentos podem surgir. Alguns positivos, mas muitos podem levar a uma corrente de sofrimento e auto-depreciação.
Além do apoio familiar e de pessoas próximas, a manutenção da saúde mental através de ajuda profissional é essencial para que o paciente possa desfrutar de uma melhor qualidade de vida durante o processo de combate ao câncer.
Transtornos mentais potencializados pelo câncer
São diversos os fatores que podem levar ao surgimento de um transtorno psicológico, mas o fato de estar hospitalizado é algo que pode influenciar no desenvolvimento de alguns distúrbios mentais, como a depressão ou ansiedade.
Conforme o desenrolar dessa nova realidade (a fragilidade do funcionamento físico, a adaptação inicial aos tratamentos, a experiência prévia diante do estresse, a percepção do apoio social etc.), cada uma dessas fases são vistas como potenciais “ondas” de influência psicológica. Por isso, o acompanhamento deve ser mantido ao longo de todo o processo.
Além do histórico de antecedentes psicológicos, a idade do paciente ou o avanço do quadro são alguns fatores que podem levar à depressão.
A partir da confirmação de um transtorno depressivo, também deve-se estar atento ao surgimento de pensamentos suicidas, principalmente em casos em que o prognóstico não seja favorável ou que o paciente revele alguma sensação de abandono social.
Por fim, a ansiedade é outro transtorno detectado em diversos casos, geralmente onde o paciente seja um pouco mais jovem, com algum histórico de dificuldades pessoais ou então demasiada pressão social pelo estigma da doença.
Atenção aos sintomas!
Como dito acima, sabendo-se que pacientes com câncer são mais sucetíveis a quadros de depressão, ansiedade e pensamentos suicidas, é importante ficar atento aos primeiros sintomas. Quanto antes detectado o transtorno e o tratamento iniciado, melhor será para o paciente e seus familiares.
De acordo com Maria Teresa Cruz Lourenço, da A.C. Camargo Cancer Center, entre os principais sintomas estão:
- desânimo
- tristeza
- sensação de vazio
- pensamentos negativos
- angústia
- agonia
- sensação de falta de ar
- medo de passar mal,
- entre outros.
Esses são os sinais de um quadro depressão ou ansiedade. Ao notar isso, é importante que o paciente ou seus familiares procurem ajuda.
“Pacientes com transtorno bipolar, esquizofrenia ou outra doença mental precisam ser acompanhados para que se mantenham estáveis para que o transtorno psiquiátrico não comprometa o tratamento do câncer e vice-versa”, destaca também a doutora Maria Teresa.
Tratamento
Uma vez realizado o diagnóstico, os tratamentos podem incluir a consulta de um psiquiatra, uma psicóloga ou ambos. Além disso, há a métodos e tratamentos que incentivam a participação de grupos de apoio com outros pacientes.
Em qualquer que seja o caso, além do apoio social e de pessoas próximas é muito importante e encorajador que os pacientes possam compartilhar e expor seus sentimentos, experiências, dúvidas, discutir seus medos e trocar ideias de como enfrentar esse momento difícil.
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fontes:
https://amenteemaravilhosa.com.br/saude-mental-incide-evolucao-cancer/
