Beleza e saúde mental: qual a relação entre os dois?
Publicado por Scio Education

Mas o que é beleza?  

Desde os primórdios da humanidade, a beleza é uma das características fundamentais do mundo. Seja na arquitetura, nas artes, na literatura ou até mesmo no dia-a-dia, o belo sempre despertou o fascínio e a contemplação. A noção de belo não é algo que se limita aos seres humanos. Diversos animais de outras espécies utilizam parâmetros de beleza para encontrar parceiros para o acasalamento.  

De acordo com o dicionário Priberam, beleza é um substantivo feminino que significa “perfeição agradável à vista e que cativa o espírito; qualidade do que é belo, formoso”, já no dicionário Michaellis, encontramos definições como “qualidade de um ser ou objeto que suscita sentimentos de elevação ou simpatia por seu valor moral ou intelectual” e “caráter do ser ou da coisa que desperta admiração ou sensações agradáveis (auditivas, gustativas, olfativas, visuais etc.)”.  

Mesmo com tantas definições, é fato: a beleza é repleta de aspectos subjetivos e é comum que as pessoas não compartilhem os mesmos ideais do que é belo. Apesar disso, a sociedade continua se baseando em padrões de beleza muitas vezes irreais e inalcançáveis.  

Mas como mensurar o que é belo se cada um possui suas próprias convicções do que é bonito? Essa característica é tão importante entre os seres humanos levanta diversas questões, e muitas delas acabam afetando a saúde mental de diversas pessoas.  

Beleza e saúde mental: quais os impactos?  

Os padrões de beleza estabelecidos culturalmente são uma construção social e a busca por esse modelo tem se tornado cada dia mais intenso e perigoso, afetando diretamente a saúde mental e emocional dos indivíduos, sobretudo jovens e mulheres.  

O aumento do consumo de redes sociais tem contribuído significativamente para o desenvolvimento de transtornos mentais. As constantes e injustas comparações de beleza às quais estamos diariamente sujeitos prejudicam a estabilidade emocional e a saúde mental. 

A vontade de se encaixar em um modelo que, muitas vezes, não é real, pode ocasionar grandes traumas. Estar dentro do tão desejado padrão de beleza construído pelo universo midiático contribui para o aparecimento de distúrbios como ansiedade, depressão, baixa autoestima e transtornos de alimentação. Além disso, tem crescido o número de procedimentos estéticos realizados no Brasil.  

Não ter referências e não fazer comparações é algo impossível, porém é necessário quebrar o hábito de ser refém da imagem do outro. É preciso traçar um caminho que fuja desse padrão, pois cada um possui sua beleza individual: o belo não precisa (e não deve) ser padronizado. Estar saudável e feliz consigo mesma é muito melhor que seguir qualquer padrão de beleza estabelecido socialmente. 

Estar bem consigo mesmo é fundamental para conseguir viver de forma plena e saudável, e os cuidados com o corpo precisam caminhar lado a lado com os cuidados com a mente. Cuidar da autoestima é essencial, não só em relação à aparência externa, mas principalmente para os cuidados com a saúde mental e emocional.  Nesse processo de desconstrução de um ideal de beleza, a presença de um profissional da saúde mental é indispensável, não só no tratamento de transtornos, mas também para se conhecer melhor.