COVID-19: Como a Terapia Cognitivo-Comportamental auxilia na rotina do Brasileiro contra a ansiedade
Publicado por Scio Education

Os dados da Organização Mundial da Saúde são claros e atestam que o Brasil tem o maior número de pessoas ansiosas do mundo: cerca de 19 milhões de brasileiros convivem com a patologia, e isto equivale a um total de quase 9,5% da população. Não é uma doença que opta por gênero ou classe social, é um mal que pode acometer a rotina de qualquer trabalhador, estudante ou dona de casa, de qualquer idade, em qualquer localidade do mapa.

Existe uma maneira de buscar o auxílio para combater este problema, mas ainda há um tabu enorme sobre a psicoterapia e isto faz com que a situação se agrave, principalmente durante um período tão fora do usual quanto o que passamos.

  • Pandemia e o comportamento social em larga escala:

A última pandemia que moveu as perspectivas em escala global para um lugar tão incerto ocorreu há mais de cem anos.

Nos anos 10 do século passado, a Gripe Espanhola atravessou oceanos e acometeu muita gente, mas o mundo vivia outros tempos. Não existia globalização, a Primeira Guerra acabara de acontecer e pouco se sabia sobre um processo gripal que anos mais tarde viria a acontecer de novo (surto de Gripe Suína nos anos 2000), em escala pandêmica, mas com a sociedade devidamente preparada e com defesas e medidas sanitárias eficientes e atualizadas para tal. Com o novo coronavírus é diferente.

O boom ocorreu em Wuhan, em novembro de 2019, capital do reduto provinciano de Hubei, na China, do outro lado do mundo, e ninguém levou a sério o potencial de disseminação do vírus. Em menos de um semestre mais tarde o mundo inteiro estava em lockdown. Centenas de vidas ceifadas e a rotina virou de cabeça para baixo. Como a nação mais ansiosa do planeta reagiu a isto? De forma intensa e preocupante, claro.

A rotina de trabalhou mudou. Os encontros com os amigos acabaram. As viagens também. Empresários faliram, negócios tradicionais fecharam as portas e em questão de semanas estava tudo estava drasticamente mudado.

Existe caminho fácil para resolver a questão acerca do impacto que o coronavírus causou em nossas vidas? Não, porém existe solução amparada no trabalho comprometido com a própria saúde mental e bem-estar. A Terapia Cognitivo-Comportamental pode auxiliar na tomada de novo rumo da condição emocional.

A Terapia Cognitivo-Comportamental e a Ansiedade: 

A psicologia é a área científica responsável pelo estudo da mente humana e suas mais variadas abordagens, que frequentemente se depara com pacientes portadores de transtornos psicológicos/emocionais graves. Antes de compreender como funciona a Terapia Cognitivo-Comportamental é fundamental conhecer a ansiedade e se familiarizar com os sintomas, afinal, é somente identificando como este transtorno se desenvolve que é possível lidar com a questão e bolar um plano estratégico para enfrentamento do problema em tempos de Covid-19.

  • Sobre a Ansiedade:

A ansiedade é uma característica comum em todos os humanos. Cada um de nós apresenta níveis controlados que permitem uma vida saudável e organizada. Ainda que gere determinados graus de nervosismo e desconforto, ela coloca o nosso corpo em via de transformação. O fato é que, quando está em níveis altos demais, se torna descontrolada, como um fio desencapado, e o transtorno que gira ao redor de uma sensação trivial como esta pode aparecer, e o que deveria ser útil para a mudança se torna um grande obstáculo.

Não existe apenas um fator isolado que está diretamente relacionado à ansiedade, mas um dos aspectos que tem relação se refere à qualidade das satisfações pessoais que os pacientes se impõem, e durante este período de isolamento é comum que o conceito de satisfação se torne algo meio distorcido e com expectativas reduzidas, criando um aumento considerável dos níveis de desconforto da cabeça e do organismo como um todo.

  • Sobre a Terapia Cognitivo-Comportamental:

A Terapia Cognitivo-Comportamental é um sistema de psicoterapia que integra um conjunto de técnicas e estratégias terapêuticas. O princípio básico, que reflete uma postura construtivista, é de que nossas representações de eventos internos e externos, e não de apenas um evento em si, determinam nossas respostas emocionais e comportamentais.

Durante a pandemia, temos uma quantidade bem maior de estímulos aversivos ante os reforçadores, o que prejudica nosso desenvolvimento pessoal, aumentando a probabilidade de desenvolvimento do transtorno da ansiedade, mas com a Terapia Cognitivo-Comportamental é possível, sim, fazer a manutenção da situação e trabalhar na anulação de fatores limitantes dentro da mente, para que a ansiedade possa ser acompanhada por um profissional capaz de auxiliar na diminuição do transtorno.

Referências:

  1. Ansiedade em Tempos de Covid e a Terapia Cognitivo-Comportamental: https://eephcfmusp.org.br/portal/online/ansiedade-covid-terapia-cognitivo-comportamental/
  • Terapia cognitivo-comportamental e ansiedade: como é o tratamento?:
https://blog.cognitivo.com/terapia-cognitiva-comportamental-e-ansiedade-como-e-o-tratamento/